quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Para (talvez) Assistir em Casa!!!


Este post não é uma analise completa do filme, mas apenas um comentário para indicar aos fãs do “antigo terror” um filme que está despertando reações bem divergentes, mas indiscutivelmente inovador.



A CASA
Um filme para provar que a forma primitiva de dar medo só funciona com quem é muito fã dos clássicos

Assisti "A Casa" - La Casa Muda (na versão original) sem esperar muito, pois além de ninguém ter indicado eu já estou acostumado a decepcionar-me com filmes de terror. Porém o tão comentado plano sequencial ganhou-me exatamente por cumprir com o que diz na capa do DVD "medo real em tempo real". Casa velha, barulhos na calada da noite e escuridão são elementos clássicos e que sempre vão assustar. A casa tem isso e talvez, só isso... O roteiro um tanto desconexo pode deixar a desejar quando obviamente nós queremos uma resposta para o que está acontecendo ali e quando as respostas aparecem, parecem não fazer sentido, mas isso não tira o mérito da equipe do filme seja com iluminação, técnica de gravação, trilha sonora e principalmente da atriz principal. Não é o tipo de filme que irá agradar a todos (pelos motivos já citados), mas com certeza será por muitos fãs do gênero que buscavam por algo novo. O medo em A Casa está presente da forma mais simples, mas nas formas mais comuns de qualquer um.

Trailer:


sábado, 24 de dezembro de 2011

Para Assistir em Casa!!!


O Escafandro e a Borboleta
Como viver preso em seu próprio corpo?

Imagine ser privado de todas as formas de comunicação imagináveis, sendo obrigado a aprender a se comunicar por apenas um dos olhos. Parece bem difícil né?! Para alguns pode parecer até impossível, mas é exatamente disso que se trata o filme de Julian Schnabel.

Em O Escafandro e a Borboleta o telespectador é enclausurado dentro do corpo de Jean-Dominique Bauby (Mathieu Almaric) editor da aclamada revista ELLE.
O filme é inteiro sob a perspectiva de Jean-Dominique, que ficou tetraplégico depois de sofrer um derrame cerebral e que agora comunica-se apenas através de um olho. E é exatamente pelo olho de Bauby que se passa a maior parte do filme provocando sensações angustiantes tal como a simples, mas incrível representação em um dos momentos que ele chora.
Esta película desperta grande admiração pela equipe médica que cuidou de Jean-Dominique durante o tratamento.

Uma adaptação do livro francês Le scaphandre et le papilon, escrito por Jean-Domique por meio de um método de comunicação que consistia em piscadas e que amenizou o tempo em que ele ficou preso no próprio corpo.

A sensibilidade está presente o tempo todo sem forçar nada. Não é só o fato de vê-lo tetraplégico, mas perceber a relação perdida entre pai e filho ou mesmo no momento em que a ex-esposa precisa ser a intérprete durante o telefonema da namorada de Bauby.

Indicado para os que gostam de uma direção mais pesada do tipo que não te mostra o mundo da personagem, mas te leva pra ele, em um drama muito mais poético do que choroso. Estilos novos ou no mínimo ousados bem elaborados como os percebidos neste filme, são dignos de apreciação.

Ganhador de dois Globos de Ouro (melhor filme estrangeiro e melhor direção), Grande Prêmio Técnico e novamente melhor direção no Festival de Cannes, além do prêmio BAFTA de melhor roteiro adaptado. O Escafandro e a Borboleta recebeu 4 indicações para o Oscar (melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia e melhor edição).

Trailer de O Escafandro e a Borboleta:

domingo, 27 de novembro de 2011

Vamos Falar de Cinema!!!



O que você achou de AMANHECER parte 1?

Apesar de aguardado com grande expectativa, o último filme da saga pode dar até sono




Estreou mundialmente no dia 18 de novembro a primeira parte de duas do filme AMANHECER. Uma adaptação do quarto e último livro da série (desconsiderando outro que conta paralelamente a história de um dos vampiros) Twiligth que rendeu e continua rendendo milhões para a autora Stephenie Meyer e também para os principais envolvidos na série.

Antes de fazer minha crítica as fraquezas de AMANHECER, quero dizer que sou fã. Li todos os livros e assisti aos filmes, alguns até mais de uma vez, porém não preciso concordar com tudo.
O sucesso de Twiligth é conhecido por todos e sim, ele tem seus méritos. Chegou aos cinemas após o sucesso do primeiro livro que conta a história que todos vocês já sabem, por isso não existe a necessidade estender-se nesse assunto até porque a grande questão é o último filme recém-lançado.


Certo, antes de chegar ao último filme (desnecessariamente divido em duas partes) Bella, Edward e Jacob passaram por... ham...não muita coisa além de viverem brigando. Uma humana apaixonada pela beleza de um vampiro que brilha de dia (ao invés de queimar) e que odeia um lobisomem que se transforma a hora que tem vontade e é bem consciente do que faz. A história e conhecida por todos e tudo bem se você, assim como eu, leu todos os livros mesmo sem gostar muito das descaracterizações que fizeram com esses seres épicos.

Os Volturi prometem esquentar a parte 2
Ainda bem que existe os Volturi né?! Eles não são bons só porque são maléficos, mas porque eles são vampiros que usam preto, que bebem sangue de gente mesmo e não de ursinho, além do cabelo estar sempre impecável.

Alice, a Cullen caçula e Jacob, o lobisomem descamisado são, em minha opinião, os mais fiéis ao livro. Ela com seu jeito alegre saltitante e ele sempre prático e eficiente na hora de ajudar Bella.

Um detalhe importantíssimo foi deixado de lado ao transpor o livro para o cinema. Bella Swan é quase uma hemofóbica e isso não é medo de emo não, é de sangue mesmo. No primeiro livro, durante a aula, ela fica tonta de ver um furinho no dedo do amigo em uma campanha para doação de sangue (detalhe: nesse dia, nenhum dos Cullen apareceu na aula).

Todos os que já leram, sabem que a saga não se trata de terror e sangue, mas sim de um romance. Nos livros bem mais interessante do que nas salas de cinema.

Esse texto todo é uma tentativa de justificar uma decepção já esperada em relação ao último filme. Fora as coisas mais absurdas que aconteceram como, por exemplo, a Bella que não se depilou para casar, a filha (bem mais linda que o nome) Renesme que rompe a placenta e até as costelas da Bella (que é a mulher grávida mais feia que eu já vi) em busca de sua alimentação. Para tudo. Na cena do parto a Rosalie sente vontade de comer a pobre criança, mas é impedida pelo irmão e isso chega a ser cômico.
Se alguém quiser chorar, deve fazer em uma das poucas cenas bonitas do filme. A primeira é a cena do casamento quando Bella e Edward trocam palavras de amor e a segunda é quando Jacob se convence de que Bella está morta.

Se você quiser rir, a cena ideal é a dos depoimentos desalinhados dos familiares e amigos no casamento. Despretensioso e engraçado assim como o fato deles jogarem xadrez durante toda lua de mel ou as investidas de Bella na tentativa de fazer o vampiro “reagir”.
Jogando xadrez na lua de mel
Se você precisa de um motivo para voltar às salas de cinema daqui um ano, além de ser o final da série, poderemos ver Renesme mocinha e o mais esperado: Ver Bella vampira!
Finalmente vampira!
A série Twiligth ainda tem muitos milhões para render. Com a parte final programada para novembro de 2012, AMANHECER Parte 2 não tem porque ser esperado com muita expectativa e quem leu o livro sabe os motivos.
Vale ver AMANHECER parte 1 no cinema?
Vale porque é uma continuação da história, não porque é um filme imperdível!

Abaixo o trailer de AMANHECER parte 1:

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Para Assistir em Casa!!!


Garotos Não Choram 
Uma história real que mostra o poder de destruição do preconceito
  
O filme Boys Don’t Cry é uma obra-prima da diretora Kimberly Pierce que eu já tinha ouvido falar, mas acabei deixando pra depois. Pode parecer estranho fazer um post sobre um filme que foi lançando há mais de 10 anos, mas esta obra merece ser ainda mais divulgada, por se tratar de uma película obrigatória.
A história é uma representação da vida de Tenna Brandon que se tornou Brandon Tenna e passou a reivindicar por sua identidade sexual em uma cidade rural extremamente machista. Durante algum tempo ela até consegue viver bem com sua imagem masculinizada, mas sua vida fica complicada ao ter sua identidade sexual descoberta e uma onda de violência culminando em um fim trágico para Brandon e as pessoas que a cercam.
Hillary Swak está sublime na pele da garota que se sentia um garoto. Em uma atuação impecável que lhe rendeu 3 prêmios de melhor atriz (incluindo um oscar) e eternos elogios do publico e crítica. Mas o mérito é também da diretora Kimberly e dos atores coadjuvantes Clöe Sevigny , Peter Sarsgaard, Alisson Folland, Alicia Goranson, Matt McGrath e Brendan Sexton III que adicionaram a intensidade sentida no decorrer do filme.

Baseado em uma história real, Boys Don’t Cry explora o preconceito, a ignorância e a busca por respostas em relação a homossexualidade. O filme não tenta explicar porque existem homossexuais estereotipados, ele simplesmente mostra isso com a atuação mais do que convincente... real, de Hillary, capaz de fazer o telespectador rever os seus conceitos.

Ser você mesmo, talvez seja se vestir e se comportar como você se sente bem isso não quer dizer que você quer provar algo para os outros.
Não é o tipo de drama que apela para o telespectador chorar e não é tipo de filme que vai agradar todo mundo, mas existe uma missão ali e várias mensagens que irão ou deveriam fazer você pensar.
Trailer de Boys Don't Cry: